quarta-feira, 10 de novembro de 2010

luto como mae

V Semana Acadêmica do Curso de Serviço Social de Campos

Políticas Sociais e Serviço Social: impasses e desafios na defesa dos direitos na região
Norte -Fluminense

Programação
De 08 a 12 de Novembro de 2010


dia: 08/11 (2ª. feira)
8:30h – Apresentação dos Trabalhos de Monitoria (Auditório)


14h – Continuação da Apresentação dos Trabalhos de Monitoria (Auditório)

18:30h – Impactos socioambientais e socioeconômicos dos Grandes Investimentos no Norte Fluminense. Mesa com a participação dos profs. José Luis Vianna e Aristides Arthur Soffiati (UFF/Campos)
(Auditório)


dia: 09/11 (3ª. feira)
9h - Famílias e Gerações como “sujeitos” de pesquisa. Palestra com o prof. Eugênio Lemos (UFF/Campos) (Sala 13)
10h - Saúde Mental e Cidadania. Palestra com a profa. Ivana Faes (UFF/Campos) (Sala 17)
15h – O que pode a Assistência Social ? os limites do Programa Bolsa Família no enfrentamento da desigualdade em Campos dos Goytacazes. Mesa com a profa. Érica Almeida (UFF/Campos) e a aluna Rayana Fonseca Monteiro (Serviço Social) (Sala 17)

16h – Reflexões de Estágio Supervisionado em Serviço Social no campo sócio-jurídico: Mesa com a profa. Isabela Sarmet e alunas do Serviço Social (Sala 13)

16h - Serviço Social e Trabalho Interdisciplinar: Retrato de uma experiência. Mesa Redonda com a participação da Assistente Social do Hospital Ferreira Machado Iris Henriette Cruz de Azevedo Moriguti e as Profas. Rosany Barcellos e Maria Clélia (UFF/Campos). Promoção GEPSSO
(Auditório)

18:30h - O direito à Cidade - Mesa Redonda com a participação do prof. Jorge Luiz Barbosa (Geografia da UFF/Niterói), Coordenador do Observatório de Favelas /RJ
(Auditório)


dia:10/11 (4ª. feira)

9h - Políticas Públicas para o Idoso em Campos dos Goytacazes: demandas e desafios. Mesa com a participação da profa. Kétnen Rose (UFF/Campos) e as alunas Andréia Freitas, Carolina Oliveira e Mariana Martins (Serviço Social) (Sala 17)

15h - As lutas e conquistas do conjunto CFESS/ CRESS e a atuação da Seccional de Campos. Oficina coordenada pela Delegacia do CRESS de Campos (Sala 17)

17h – O sentido da Escola na atualidade e os desafios os desafios aos profissionais da Educação. Mesa com a participação da profa. Eloiza Dias (UFF/Campos) e representantes da Secretaria Municipal de Educação e do Serviço Social Escolar (Auditório)

18h - As transformações no mundo do trabalho e o trabalho do Assistente Social na contemporaneidade: o código ético-político como praxis. Mesa com o prof. Organista (UFF/Campos) e o Assistente Social Rafael Mendonça (Sala 13)

18:30h- Palestra sobre o DosVox – ferramenta de acessibilidade para as pessoas com deficiência visual com o aluno Antônio Amaro Ribeiro (Sala 17)

19:30h – Os desafios da Inclusão Social na Universidade, com a profa. Luíza Costa, coordenadora do NAIS /Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Sensibiliza da UFF (Auditório)

dia 11/11 (5ª. feira)

Das 9 às 12h – Mini Curso sobre Previdência Social: direitos e desafios, com as Assistentes Sociais do INSS/ Agência Campos dos Goytacazes (Auditório)
14:30h – Mesa Política para a infância e juventude : desafios e perspectivas (Auditório)
1ª parte: O ECA e o Sistema de Garantia de Direitos com a participação da Cientista Social Beatriz Mateus e O SUAS e o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, com a participação dos Assistentes Sociais Luciana Custódio e Renato Gonçalves, membros dos Conselhos de Direito e de Assistência Social de Campos
18:30 h- Exibição do Filme “Luto como Mãe” e Debate com a participação de Luis Carlos Nascimento (Diretor), Marilene Souza Lima (Movimento Mães de Acari) e Patrícia Oliveira (Rede Contra a Violência) (Sala 17).
19h – Desastres “Naturais” e Direitos Humanos: uma análise da intervenção pública, palestra com a profa. Da Universidade Federal de São Carlos Norma Valêncio, doutora em Ciências Sociais e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Auditório)
21h – Atividade Cultural com o Grupo de Samba Ébano.




dia:12/11 (6ª. feira)
14h – Algumas experiências em pesquisa, com a participação da profa. Denise (UFF/ Campos) e membros do GRIPES ( profas. Viviane, Verônica, Kataryne e prof. Carlos) e as alunas Kíssila e Paula (Serviço Social) (Sala 17)

14h – Política para a infância e juventude: desafios e perspectivas
2ª parte – Criminalização do jovem pobre e o “lugar” do Sistema Sócio-Educativo: análises a partir das experiências no cumprimento das Medidas Sócioeducativas em meio aberto e fechado. Mesa com a participação da Antropóloga Natasha Neri, da Assistente Social e Doutoranda em Socilogia Política da PPGSP - UENFAlessandra Florido da Silva Ribeiro e da Comissária da Infância e Juventude Cássia Melo do Juizado da Infância e Juventude de Campos dos Goytacazes (Auditório)

14h - Sociabilidade e "violência urbana" em Campos dos Goytacazes. Mesa com a profa. Jussara Freire (UFF) e os alunos Bruno Nogueira Vianna (Ciências Sociais/UFF), Natália Santos Soares (Serviço Social/UFF), Marcelly Gomes de Paula (Serviço Social/UFF), Vivianny Férrea da Motta dos Santos Soares (Serviço Social/UFF) e Manuela Vieira Blanc (LESCE/UENF). (Sala 13)

V SEMANA ACADÊMICA
DO CURSO
DE
SERVIÇO SOCIAL DE CAMPOS

Políticas Sociais e Serviço Social: impasses e desafios na defesa dos direitos na região
Norte -Fluminense


Novembro/2010

Apoio:
Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional


Agenda do luto como mae

Dia 06- Cidade alta Cordovil
praça dom Justino /proximo á Igreja Senhor do Bomfim

Rua Água Doce. 18:00 horas

Dia 09 - Festival Of Moving Image - Londres / Inglaterra

Dia 11-Universidade Federal FlumineseUFF/Campos dosGoytacazes
Horio 18:30

Dia 14 - IV Encontro de Cinema Negro Brasil África e Américas - Cine Odeon RJ às 14h
Conheça o site

Dia 16 - UERJ, Salão Nobre da Faculdade Nascional de Direito da UFRJ - Praça da República, próximo ao Campo de Sanatana. Horário: 18h às 22h

Dia 22 - Encontro Internacional de Mulheres de Negro, Bogotá / Colombia

Dia 27 - Espaço Cinema Nosso - Rua do Resende, 80 Lapa/ RJ. Sessão especial para Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis. Horário: 14h

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

luto como mae

O longa retrata chacinas cometidas por policiais repercutidas em todo o país e nomeadas como as “Mães de Acari”, “Chacina da Candelária”, “Chacina da Baixada” e outras tão importante quanto essas. Durante quatro anos, Luis Carlos Nascimento acompanhou de perto, junto com uma equipe de cinema, o drama dessas mulheres, desde a coleta de depoimentos até os desdobramentos dos casos perante a justiça. Com uma “hand can” nas mãos, as mães documentaram suas passeatas, mobilizações, comemorações familiares e ainda realizaram entrevistas com maridos e familiares contribuindo para a inovação no processo de construção da narrativa do documentário. “Ignora-se que, para cada marido, cada filho, cada homem morto, existe sempre uma mulher que fica ”, lembra Luis Nascimento no filme.

O objetivo da apresentação deste filme, na comunidade da Cidade Alta, é o de lembrar o bárbaro assassinato, por policiais militares, do jovem Júlio César, em setembro deste ano. Familiares e amigos não querem que o caso caia no esquecimento, como tantos outros que ocorrem em comunidades pobres e demais periferias da cidade. A exibição do filme pretende levantar a questão da forma como moradores destas localidades são tratados pelas forças de segurança, que se caracteriza pelo desrespeito sistemático aos direitos, especialmente o direito à vida. Portanto, convidamos todos os moradores da Cidade Alta e adjacências para participarem deste ato de lembrança e de solidariedade à família e aos amigos de Júlio César!!

PELA VIDA, CONTRA O EXTERMÍNIO!

Data: 06 de Novembro de 2010
Local: Praça Dom Justino, próximo à Igreja Senhor do Bonfim Cidade Alta.
Rua Água Doce, Cordovil / Cidade Alta (há um ponto final de ônibus 335, 334 próximo)
Horário: 18h

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Assunto: MÃES DE MAIO CONTRA A VIOLÊNCIA POLICIAL: MEDIDAS URGENTES!!!


Saudações Compas:

As Mães de Maio mais uma vez vêm a público para registrar seu posicionamento diante da Violência do Estado.

No último dia 05 de agosto o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE-SP) realizou uma importante Audiência Pública, que já deveria ter acontecido há mais tempo, para discutir a Violência Policial no Estado de São Paulo, com destaque especial para os recentes assassinatos na capital e, sobretudo, a nova série recente de matanças na Baixada Santista (em abril de 2010). Assassinatos que, conforme demonstram uma série de provas e reportagens feitas recentemente (como p. ex. no jornal A Tribuna de Santos) são uma verdadeira continuidade dos Crimes de Maio de 2006 - as mesmas práticas, o mesmo modus operandi, muitos dos mesmos policiais e grupos de extermínio, e a mesma brutalidade contra o povo pobre e negro da periferia.

É importante frisar que, embora convocado a comparecer, o Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, mais uma vez não esteve presente para prestar contas à sociedade sobre sua gestão - já é a segunda Audiência Pública para qual ele é convocado e não vem pessoalmente. Porém, as Mães de Maio e os movimentos sociais presentes na Audiência deixamos bem enfaticamente o nosso recado para o seu representante presente na audiência, antes que ele conseguisse escapar sem ouvir a sociedade para quem ele deveria trabalhar.

Compartilhamos abaixo com todos vocês o Audio Completo da Audiência, para que todos nós sigamos Atentos e Atuantes no sentido de exigir mudanças drásticas na atual política de segurança pública aqui no estado, e na país inteiro também (afinal a violência policial é uma chaga que atinge toda a federação brasileira).

Ou nós transformamos por completo a sociedade desigual e injusta que marca a nossa história passada e atual, ou seguiremos vivendo cotidianamente situações de violação em série dos direitos humanos e situações de terror, principalmente nas comunidades pobres pelas periferias do país.

Todas estas séries de chacinas e matanças do período "democrático", a começar pela maior delas que foram os Crimes de Maio de 2006, precisam urgentemente ser desarquivados, investigados e devidamente julgados. Sem isso, sem a garantia básica do Direito à Vida e do Direito de Ir e Vir, não há a menor possibilidade de se pensar qualquer sociedade que aponte um futuro minimamente decente para as crianças e jovens de nosso país.

Na opinião das Mães de Maio, um primeiro passo fundamental para esta transformação deve ser o banimento imediato das demarcações "Resistência Seguida de Morte" e "Auto de Resistência" dos boletins de ocorrência e da causas mortis de jovens assassinados por agentes do estado. Além de ser uma brecha inconstitucional, tal anulação está prevista no Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3) - uma proposta das Mães de Maio e da Rede Contra Violência -, e se não for agilizada certamente milhares de outros jovens seguirão morrendo sem qualquer perspectiva de direito à Verdade e à Justiça. Estas demarcações são os principais mecanismos que possibilitam um veradeiro Estado de Sítio contra a população pobre e negra do país.

SEGUIMOS ATENTAS!

POR UM VERDADEIRO PODER POPULAR!

MÃES DE MAIO


http://maesdemaio.blogspot.com/2010/08/audios-da-audiencia-publica-do-condepe.html


Audios da Audiência Pública do Condepe
Ouça a gravação da Audiência Pública que aconteceu no Condepe/SP no dia 05 de agosto de 2010, no Espaço da Cidadania “André Franco Montoro”, situado no Largo Pateo do Collegio, no. 184, térreo, Centro de São Paulo.

Estiveram presentes entre outros o presidente do Conselho Regional de Medicina por ocasião dos crimes de maio de 2006, representante do Secretário de Segurança Pública, de direitos humanos, Defensor Público, jornalista do jornal A Tribuna de Santos, mães de vítimas mortas por policiais em São Paulo, mães de vítimas dos crimes ocorridos em Março e Abril de 2010, na Baixada Santista cometidos por grupos de extermínio e Mães de Maio.

Para ouvir a gravação da Audiência Pública clique aqui
Convite:
Amanhã, dia 02/09, haverá a primeira Audiência de Instrução e Julgamento dos policiais militares Vagner Barbosa Santana, Carlos Eduardo Virgínio dos Santos, Jubson Alencar Cruz Souza e Leonardo José de Jesus Gomes, acusados do homicídio de Josenildo Estanislau dos Santos em 02/04/2009.
A família agradeçe ao empenho dos familiares das vítimas e da Rede, estamos juntos na luta por respeito, dignidade e justiça.
A audiência será às 13h na 2a Vara Criminal do Fórum do Rio (Av. Erasmo Braga, 115).

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Luta contra a violência
Bate-Papo:Patrícia é irmã de Wagner do Santos, sobrevivente da Chacina da Candelária que, ameaçado, hoje vive no exterior.
Entidades de direitos humanos realizaram "a semana em defesa da vida", para lembrar a Chacina da Candelária, em que morreram oito crianças. Um sobrevivente deste crime, Wagner dos Santos, foi também a única testemunha no julgamento que condenou três policiais militares. Tentaram silenciá-lo em outro atentado, e hoje Wagner vive no exterior.

A irmã dele, Patrícia, uma ativista de campanhas contra a violência, luta para identificar os responsáveis pelos tiros que quase mataram Wagner, como você vê na entrevista da Coluna Bate-Papo, com o repórter Edney Silvestre.

Se muitas vezes a vida não é fácil para um adulto, pra uma criança então, que não tem defesas, não sabe se defender, não tem quem a defenda. É muito mais difícil. Esse é o tema do Bate-Papo de hoje. A entrevistada é Patrícia dos Santos.

RJTV: Quantos tiros seu irmão levou?

Patrícia dos Santos: Levou quatro tiros, foi no MAM, o Museu de Arte Moderna e em 1994, no segundo atentado, ele levou mais quatro. São oito, no total.

E quantas cirurgias ele fez desde então?

No total, umas oito. Referente à garganta, ao ouvido, à visão e cirurgias para reconstrução do rosto.

Quais problemas ele tem?

De saúde ele tem saturnismo, que é envenenamento por chumbo, que é uma doença que não tem cura por causa da bala que está alojada na quinta vértebra e o outro pedaço que tem no ouvido e o estilhaço que tem no rosto.

Ele vive na Suíça agora? Como ele está?

Vive na Suíça desde 1995. Já o visitei três vezes. Na época do frio ele tem muito problema de depressão, devidos aos problemas que ele já teve e ao saturnismo que também causa depressão. Destrói o pâncreas, fígado, rins, é uma doença degenerativa que não tem cura.

Como ele conseguiu sobreviver?

Eu acho que foi Deus, não chegou a hora dele. Uma pessoa que leva quatro tiros e não morre é porque não estava previsto para morrer naquele momento. E depois ele ainda levou mais quatro. Não era a hora dele.

Como aconteceu de um lugar ao outro?

Ele estava na rua Dom Geraldo, ele ia comprar cigarro e passou um carro com três pessoas dentro. Abordou ele com mais dois meninos que vinham na frente, colocaram eles no carro, ouve uma discussão dentro do carro e o revolver disparou. Ele tinha 22 anos. E dali pra lá, ele foi deixado no MAM depois que fizeram a Chacina da Candelária. Primeiro ele foi baleado, depois aconteceu a chacina. Em 1994, ele estava na Central do Brasil e uma pessoa chegou com uma foto dele e perguntou: ‘você que é o Wagner dos Santos?’. E ele falou: ‘sou’. Deram quatro tiros nele e deixaram ele lá algemado. Aí ele foi pro Hospital Souza Aguiar. Esse atentado ainda é um inquérito da 4ª DP. Ainda não foi resolvido.

A briga agora está nas suas mãos?

Isso.

Quando uma situação dessa acontece com um membro da família, o que acontece com a família?

Normalmente a família acaba porque você passar por uma violência muito grande, tem que ter estrutura e isso desestrutura a família. Você vai sempre lembrar o que aconteceu. No caso da minha família, como o Wagner não chegou a falecer é uma coisa que não desestruturou totalmente, mas eu conheço várias pessoas que ficaram desestruturadas, que perderam seus filhos.

O que pode ser feito para ajudá-lo?

Eu acho que as pessoas teriam que ter mais consciência, que está faltando e enxergar ele como um cidadão. Enxergam ele como um menino de rua que deveria ter morrido. Mas eu espero ainda que, antes de eu morrer, eu veja que valeu a pena ele ter sido testemunha, ele tentar, porque no Brasil não é fácil ser testemunha.

O Wagner pretende voltar a morar no Brasil?

Ele ainda tem muito medo. Eu acho que ele não tem mais essa esperança. Até que porque ele acha que no país dele, ele é desacreditado. Normalmente o brasileiro se une muito na Copa. Se o brasileiro começar a pressionar para outras coisas, eu acho que daqui uns 10 anos, o país vai estar muito melhor.

Você é otimista?

Sou, por isso que eu não desisto. Sou persistente. Eu venço pelo cansaço.
No dia 20 de Agosto, sexta-feira, estréia nos cinemas do Rio de Janeiro o documentário
Luto como Mãe.
“ Ignora-se que, para cada marido, cada filho, cada homem morto, existe sempre uma mulher por trás”,
Luis Carlos Nascimento, diretor do documentário.


O longa retrata chacinas cometidas por policiais repercutidas em todo o país e nomeadas como as “Mães de Acari”, “Chacina da Candelária”, “Chacina da Baixada” e outras tão importante quanto essas. Durante quatro anos, Luis Carlos Nascimento acompanhou de perto junto com uma equipe de cinema o drama dessas mães, desde a coleta de depoimentos até os desdobramentos dos casos perante a justiça.


- Assista aqui o Trailer Oficial de Luto como Mãe -


“Luto como Mãe” participou da 14ª edição do Festival Internacional do Rio (2009) - onde concorreu a três prêmios: melhor direção, melhor documentário e melhor filme do júri popular; no Festival Viña del Mar (Chile/2009); no 12ª Festival de Cinema Brasileiro de Paris (França/2010); no 1ª Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa – FESTin (Portugal/2010); na 3ª Mostra Internacional de Cinema em Língua Portuguesa, entre outros.
O documentário "Luto como Mãe" tem a direção do cineasta Luis Carlos Nascimento, produção da TV Zero, Jabuti Filmes e Cinema Nosso. O longa foi realizado em parceria com CES- Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal) e CESEC- Centro de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes e conta também com o apoio da Fundação Ford , IPAD- Instituto Português para o Desenvolvimento, Sebrae/Rj e Fase.

- Aonde assistir ?

Estação Botafogo - Rua Voluntários da Pátria, 88, Botafogo, Rio de Janeiro - Tel: (21) 2266 9952
Horário da sessão: 13h30, 15h e 18h30
Ponto Cine - Estrada de Camboatá, 2300, Guadalupe, Rio de Janeiro - Tel: (21) 3106-9995
Horário da sessão: 14h e 18h

Espaço Cinema Nosso - (a partir do dia 27 de agosto) Rua do Resende, 80, Lapa, Rio de Janeiro - Tel: (21) 2505-3300
Horário da sessão: 14h e 18h


Agende sessões especiais com debates através do número: (21) 2505-3311



Conheça-nos, participe, divulgue.
Site Oficial:http://www.lutocomomae.com/ - Blog Oficial:http://lutocomomae.blogspot.com/

Twitter Oficial: @lutocomomae



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Andressa Xavier
@andressa_xavier - (21) 7679-4012
www.cineclubecinemanosso.blogspot.com
www.cinemanosso.org.br


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segunda-feira, 19 de julho de 2010

LEMBRANÇA DO CASO ACARI 20 ANOS

Atividades em lembrança dos 20 Anos do Caso Acari e da Luta das Mães: Não ao Esquecimento! Sim à Justiça!
Entre os dias 22 e 26 de julho acontecerão atividades que lembrarão os 20 Anos do Caso Acari, que foi simbólico, tanto quanto ao aprofundamento da violência estatal contra as favelas e comunidades pobres, quanto à articulação da resistência popular a esse verdadeiro processo de genocídio da população negra, pobre e favelada no Brasil. Na ocasião, a resistência se expressou na luta, internacionalmente reconhecida, das Mães de Acari.


Mães de Acari

No dia 22 de Julho, na véspera do aniversário da Chacina da Candelária, haverá uma vigília das 18 às 22h, diante da Igreja da Candelária, para lembrar os 17 anos do assassinato das crianças e jovens naquele massacre, o desaparecimento, até hoje sem solução, dos onze jovens de Acari, bem como todos os casos de desaparecimentos forçados, chacinas e outras graves violações cometidas no Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. Estarão presentes familiares de vítimas da violência, inclusive de outros estados brasileiros, organizações e militantes que defendem os direitos humanos, movimentos sociais e lutadores populares.

No dia 23 de Julho, 17o aniversário da Chacina da Candelária, haverá mais uma edição da Caminhada em Defesa da Vida, que este ano também assumiu os 20 Anos do Caso Acari como tema. A programação completa é a seguinte:

9h: Concentração em frente a Igreja da Candelária

10h: Missa pelas crianças e jovens que morreram em frente a Igreja da Candelária e por todos os jovens que foram mortos no Rio.

11h: Ato Ecumênico

11h30: Caminhada em Defesa da Vida – 20 ANOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990) – Trajeto: Av.Rio Branco até a Cinelândia.

12h30: Ato Político

13h: Apresentação Cultural

No dia 25 de Julho, será realizada no Grêmio Recreativo Escola de Samba Favo de Acari ( Rua Piracambu, 605 – Acari) uma Homenagem às Mães de Acari, com a seguinte programação:

15 às 18h – Declamação de poesias, atividades de música e dança, grafite

18h – Exibição do documentário Luto como Mãe, que entre outros casos aborda a luta por justiça das Mães de Acari

19:30h – Depoimentos das Mães, de familiares de vítimas de vários casos e estados do Brasil, e de pessoas que se destacaram na solidariedade.

No dia 26 de Julho haverá a Caminhada em Lembrança dos 20 Anos do Caso Acari, com a seguinte programação:

9h: Culto ecumênico em frente ao Hospital de Acari (Av Pastor Martin Luter King, 10976).

10h às 12h: Caminhada pela Avenida Brasil e pela Rua Bulhões Marcial (Lucas-Vigário) até a Praça Catolé do Rocha em Vigário. Depoimentos e apresentações durante o trajeto.

12h: Encerramento na Praça Catolé do Rocha com apresentações teatrais e culturais.

Ajude a divulgar, organize sua comunidade, grupo ou movimento para estar presente com faixas e cartazes, esse é um momento muito importante para lembrarmos que a luta iniciada pelas Mães de Acari é mais necessária do que nunca, e para dizermos bem alto: Não ao Esquecimento, Sim à Justiça!

Mais informações sobre o Caso Acari: DO LUTO À LUTA: A EXPERIÊNCIA DAS MÃES DE ACARI



Images:

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ATENTADO CONTRA MILITANTE DA REDE, MORADOR DO MORRO DA COROA

ATENTADO CONTRA MILITANTE DA REDE, MORADOR DO MORRO DA COROA
Na última sexta-feira, dia 7 de maio, às 09:35hs, o militante da Rede contra Violência, Josilmar Macário dos Santos, sofreu um atentado quando estava dirigindo seu táxi no viaduto São Sebastião (na pista sentido Laranjeiras) , próximo ao Sambódromo, no bairro do Catumbi. De repente, ouviu um barulho e percebeu que o para-brisa de seu carro havia sido atingido por algum objeto, provocando um trincamento na direção de seu rosto. Em seguida, preocupado, parou o automóvel no retorno em cima do túnel Santa Bárbara e lá pode constatar que, pelo estrago observado, parecia ter sido feito por uma bala desferida por alguma arma de fogo.

Importante lembrar que Josilmar é irmão de Josenildo dos Santos, assassinado por policiais militares do 1° Batalhão, em abril de 2009. Desde então, seus familiares, amigos e a Rede contra Violência iniciaram uma luta por justiça. Esta levaria à denúncia de 4 PMs (Vagner Barbosa Santana, Carlos Eduardo Virgínio dos Santos, Jubson Alencar Cruz Souza e Leonardo José de Jesus Gomes) por homicídio. Essa vitória da família de Josenildo e da comunidade parece ter irritado os policiais do 1° BPM e levado-os a tentarem uma represália. No dia 08/02/2010, dois parentes de Josenildo, um primo e uma irmã, Maristela Aparecida dos Santos, e um vizinho amigo da família foram diretamente ameaçados pelos policiais, durante uma incursão que também levou à morte de dois jovens. O atentado ocorreu no dia em que, se fosse vivo, Josenildo faria aniversário.

Um mês depois, no dia 9 de março, após ter sido adiada no final do ano passado porque testemunhas de defesa (dos policiais) não compareceram, realizou-se a primeira audiência do caso, na qual foram ouvidos as testemunhas de acusação. Diante da quantidade de pessoas a serem ouvidas, o juiz determinou que fossem tomado os depoimentos das testemunhas dos réus (os policiais) em outro momento, que ficou marcado para o dia 15 de junho, às 13:30, no II Tribunal do Juri. No dia 2 de maio, domingo, os familiares de Josenildo e amigos realizaram uma manifestação em sua lembrança. Contudo, na sexta-feira e no sábado, policiais militares realizaram incursões, incluvise se utilizando o “caveirão”. Nestas duas operações, PMs arrancaram alguns cartazes afixados na comunidade, principalmente os que constavam a data da próxima audiência. Moradores ouviram comentários feitos pelos policiais, em que estes diziam que deveriam ter levado um facão para retirar os cartazes e também para “cortar a cabeça de quem os estava colocando”.

Após isso tudo, as ameaças se materializaram: um atentado foi cometido contra um dos irmãos de Josenildo. Depois de estacionar o carro, Macário entrou em contato diretamente com o Ministério Público, com a Comissão de Direitos Humanos da Alerj e com a Rede contra Violência. Posteriormente, acompanhado de militantes da Rede e de um integrante da Comissão de Direitos Humanos, foi até a 7a Delegacia Policial, no bairro de Santa Teresa para prestar queixa. Foram rapidamente atendidos, mas o investigador que os receberam se recusava a fazer o registro de ocorrência. A resistência se deu ao fato de que o investigador não queria aceitar a versão de que fora um atentado, mesmo depois de ter sido relatado a situação de ameaças vivenciada pela família de Macário desde o assassinato de seu irmão. Após insistência do advogado da Comissão que o acompanhava, finalmente o investigador cedeu e registrou o caso como estando relacionado às ameaças feitas por policiais do 1° Batalhão. Em seguida, foi encaminhado ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), no Centro, para a realização de perícia. Contrariamente a afirmação inicial do policial que os receberam, ou seja, de que teria sido apenas uma pedra, o períto foi enfático ao afirmar que se tratava de um dísparo de arma de fogo e que parecia ser intencional.

Neste mesmo dia, realizar-se- ia uma reunião com o Ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e o novo secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro com organizações e movimentos sociais para discutir o Plano Nacional de Defesa dos Defensores de Direitos Humanos. Realizado o registro de ocorrência e a perícia, decidiu-se levar a situação de Josilmar Macário a este encontro, aproveitando a presença do ministro e do secretário. O ministro sugeriu que fosse dado encaminhamento no sentido de incluir Josilmar no Programa de Defesa dos Defensores e não em outro. Entretanto, a secretária da subsecretaria de Direitos Humanos pretendia colocá-lo imediatamente no Programa de Proteção a Vítima (PROVITA), contrariando o que foi definido na reunião com o Ministro e desconsiderando a colocação de um dos militantes da Rede presentes que, conhecendo o PROVITA desde a sua criação e implementação, afirmou que este possui muitos problemas, principalmente o de escassez de verbas. O que foi informado, inicialmente, ao Josilmar seria que ele ficaria apenas protegido, provisoriamente, neste final de semana, definindo-se somentes posteriormente seu destino.

Após a insistência da subsecretaria em descumprir a orientação do ministro, Josilmar Macário foi encaminhado para o Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça. Acompanhado de duas advogadas da secretaria (já que fora impedida a presença de militantes da Rede) foi até à promotora de plantão. Esta não quis recebê-lo e quem conversou com ela foi apenas as advogadas. Após alguns instantes, chegariam os membros do PROVITA convocados pela secretaria. Estes explicariam o funcionamento e as condições do programa. Josilmar Macário sugeriu que o melhor encaminhamento seria pedir a prisão dos policiais envolvidos no assassinato de seu irmão. Contudo, as advogadas afirmaram que isso não seria possível, mesmo diante de todas as evidências de ameaças e ele e sua família, pois, para elas, devereria ser respeitada o trâmite normal do processo.

Diante das características do programa, que implicam em anulação da vida do protegido (que seria obrigado a deixar tudo para trás) e da não consideração de outra alternativa (como o pedido de prisão cautelar dos policiais), criou-se uma situação problemática. Josilmar recusou, inicialmente, o ingresso imediato no PROVITA, por discordar das imposições imediatas, e assinou o termo de renúnica para o ingresso imediato, postergando a decisão para depois de conversa com seus familiares. Se não fossem militantes da Rede que o aguardavam, Josilmar Macário teria ficado na rua.



Telefones para contato:
9809-9199 (Patrícia)
9977-4916 (Maurício)
2210-2906 (Rede)



Rede de Comunidades e Movimentos contra Violência

sexta-feira, 19 de março de 2010

FORUM SOCIAL URBANO

Fórum Social Urbano - Nos bairros e no mundo, em luta pelo direito à cidade, pela democracia e justiça urbanas
Rio de Janeiro, Brasil – 22 a 26 março de 2010
APRESENTAÇÃO
Em março de 2010, a cidade do Rio de Janeiro irá receber o V Fórum Urbano Mundial. Organizado a cada dois anos pela Agência Habitat da Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é que este ano o encontro reúna cerca de 50 mil pessoas de todo o mundo.
As edições anteriores do FUM foram dominadas pelas delegações oficiais, enquadradas pela retórica e agenda das organizações multilaterais – Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Aliança de Cidades, entre outras. Palavras, palavras, palavras… mas também um reiterado esforço de impor às cidades de todo mundo, em particular dos países periféricos, o modelo da cidade-empresa competitiva, dos grandes projetos de impacto, que aprofundam as desigualdades e os processos de aburguesamento. A retórica do alívio da pobreza não consegue esconder os fracassos de uma política que submete nossas cidades à lógica do mercado, tanto mais que se desconhecem, ou se silenciam, os mecanismos e processos que produzem e reproduzem cidades desiguais, social e ambientalmente injustas.
Em suas várias edições o FUM também tem sido incapaz de abrir espaço àqueles e àquelas que, em todas as cidades do mundo, resistem à lógica implacável da cidade-empresa e da cidade-mercadoria, que lutam por construir alternativas aos modelos adotados em vários governos, e difundidos pela “ajuda” internacional nem sempre desinteressada e por consultores, assim como por conferências e congressos mundiais onde a miséria urbana de milhões se transforma em frias estatísticas e promessas nunca cumpridas.
Por estas razões, os movimentos sociais e organizações do Rio de Janeiro vimos convidar todos os movimentos sociais e organizações da sociedade civil do mundo a construírem conosco um espaço de ampla e livre manifestação e debate no Fórum Social Urbano. Será um espaço e um tempo para nos conhecermos e reconhecermos, para trocarmos experiências e construirmos coletivamente a perspectiva de uma outra cidade: democrática, igualitária, comprometida com a justiça social e ambiental.
OBJETIVOS
O objetivo do Fórum Social Urbano é o de possibilitar o diálogo, a troca de experiências, a expressão da diversidade e o fortalecimento das articulações de movimentos sociais e organizações do mundo inteiro.O Fórum Social Urbano se coloca também como uma oportunidade única para desvendar a verdadeira cidade que procuram esconder atrás dos muros e tapumes, assim como atrás dos discursos sobre cidades globais com os quais muitos governos justificam investimentos bilionários em grandes eventos de marketing urbano. Neste sentido, os movimentos e organizações anfitriãs pretendem oferecer aos participantes internacionais e nacionais a possibilidade de conhecer um Rio de Janeiro que não está nos cartões postais nem na propaganda oficial, um Rio de Janeiro injusto e feio, mas que é também rico de resistência e criatividade popular.
ATIVIDADES
De 23 a 26 de março de 2010, em paralelo às atividades do Fórum Urbano Mundial estarão se realizando as atividades do Fórum Social Urbano.
As atividades se organizarão como segue:
- painéis e debates em torno a 4 Eixos: Violências Urbanas e Criminalização da Pobreza; Megaeventos e a Globalização das Cidades; Justiça Ambiental na Cidade; Grandes Projetos Urbanos, Áreas Áreas Centrais e Portuárias;
- mesas e debates propostos por movimentos e organizações do Brasil e de outros países;
- exposições e projeções de vídeos;
- manifestações culturais;
- outras que forem propostas.
OS EIXOS
-Criminalização da Pobreza e Violências Urbanas
Militarização das periferias e bairros populares. Criminalização da pobreza e dos imigrantes. Violências urbanas, em suas múltiplas manifestações. Racismo, machismo e homofobia na cidade. A violência contra as mulheres. Repressão e criminalização dos militantes populares e dos direitos humanos.
- Megaeventos e a Globalização das Cidades
Copa do Mundo, Olimpíadas, exposições internacionais. Impactos de megaeventos internacionais nas cidades, a partir das experiências internacionais e do Rio de Janeiro. Quais são os “legados” e quem são seus beneficiários?
- Justiça Ambiental na Cidade
Meio ambiente, desigualdade e organização do espaço urbano. Saneamento, saúde e meio ambiente. Racismo ambiental. Conflitos ambientais e as lutas de resistência. Mudanças climáticas e as cidades.- Grandes Projetos Urbanos, Áreas Centrais e Portuárias
“Revitalização” dos centros urbanos e áreas portuárias. Mobilidade. Processos de aburguesamento. Expulsão das populações tradicionais através da violência e através do “mercado”. Grande capital, parcerias público-privadas e a especulação fundiária. Globalização e capitalismo nas cidades.
OUTRAS ATIVIDADES
Para além dos eixos propostos, convidamos as organizações e movimentos do Rio de Janeiro, do Brasil e do Mundo a contribuírem com propostas de atividades auto-gestionadas. Estas poderão ter caráter de debates, plenárias, fóruns de articulação, exposições, projeções, banquinhas ou atividades culturais. A data limite para o envio de propostas é 7 de março de 2010.
A incrição de atividades deve ser feita através do preenchimento do formulário FÓRUM SOCIAL URBANO – PROPOSTA DE ATIVIDADE.
A Comissão de Programação buscará contemplar todas as propostas recebidas, dentro dos limites de espaço e tempo disponíveis.
Também serão organizadas visitas e tours guiados para permitir o contato direto com realidades urbanas pouco conhecidas, como manifestações culturais da cidade e experiências de luta – movimentos comunitários, ocupações, etc.
O LOCAL
As atividades do “Fórum Social Urbano” ocorrerão no espaço do Centro Cultural da Ação da Cidadania Contra a Fome, à rua Avenida Barão de Tefé 75, no bairro da Saúde. Trata-se de armazém portuário edificado em 1871, restaurado em 2002, que hoje acolhe eventos políticos, artísticos e culturais. O espaço tem 14.000 m2, oferecendo amplas condições para a realização de várias atividades simultâneas, colocação de banquinhas, etc.
O local do Fórum Social Urbano encontra-se a 300 metros do local onde transcorrerá o FUM, facilitando a circulação de todos os participantes entre os dois eventos.
As visitas guiadas partirão sempre do mesmo local, conforme será oportunamente divulgado.

ato no cristo

ATO NO CRISTO REDENTOR DIA 21/03/10 - Familiares de Joseph Martin e de outras vítimas da violência policial no Rio de Janeiro reúnem-se em protesto e solidariedade
DATA DO ATO: 21/03/10, DOMINGO, 10h30
Os familiares de Joseph Martin, morto por um policial civil em 2007 quando saía de um bar na Lapa, no RJ, farão um ato com familiares de outros jovens mortos pela polícia no Rio do janeiro para lembrar que a violência policial é um fato que vem acontecendo com muita freqüência. No ano de 2007, especialmente, várias pessoas foram assassinadas pela policia do Rio. Irão participar vários familiares de outros casos em solidariedade a esta mãe que perdeu o seu filho.
O Julgamento de João Vicente Sá Freire de Oliveira, inspetor da polícia civil acusado de assassinar a tiros o norte-americano Joseph Martin em maio de 2007, no bairro da Lapa, está marcado para terça-feira, dia 23 de março, ao meio-dia, no III Tribunal do Júri. O caso ganhou repercussão internacional e mobilizou o Consulado e parlamentares norte-americanos.
João Vicente alega ter agido em legítima defesa, mas familiares da vítima questionam a investigação feita pela polícia e afirmam que testemunhas chaves não foram ouvidas. “Duas pessoas disseram categoricamente em juízo que Joseph não atacou o policial e tampouco tentou tirar a sua arma. No entanto, outras quatro pessoas que também afirmaram ter presenciado o fato não foram ouvidas pela polícia”, disse Frances Martin, a mãe da vítima, que está no Rio de Janeiro para assistir o julgamento.
Segundo testemunhas, Joseph saía de um bar no dia do seu aniversário de 30 anos quando tentou intermediar um conflito entre um homem que estava à paisana e uma criança que teria acabado de praticar um furto. Durante a negociação, o menino teria escapado, irritando o policial, que sacou a arma e disparou contra o abdômen de Joseph.
Familiares se encontraram com mães de vítimas brasileiras
Junto com a irmã Elizabeth Martin – tia de Joseph, a mãe do rapaz se reuniu com autoridades norte-americanas e entrou em contato com ativistas de direitos humanos do Brasil e dos Estados Unidos. O falecido senador Edward M. Kennedy e o senador John Kerry foram algumas das autoridades que se manifestaram sobre o caso. O Consulado norte-americano também atuou pressionando a polícia para que a investigação fosse feita de maneira imparcial.
A mãe e a tia do rapaz fazem questão de deixar claro que não querem que o assassinato de Joseph receba um tratamento diferenciado por ele ser norte-americano. “O que queremos é uma investigação eficiente e independente, e um julgamento justo, para que a morte de meu filho sirva como exemplo e dessa forma, quem sabe, outras mães deixem de passar pelo mesmo sofrimento que estou passando”, disse Frances.“Nosso pai, avô de Joseph, foi policial por 30 anos. Sabemos que há muitos casos de violência policial no Brasil e achamos que é fundamental que os casos que envolvem agentes públicos sejam investigados de maneira independente. É triste saber que muitas pessoas sofreram o mesmo que nós e não puderam ter Justiça”.
Contatos: – Gizele Martins (21) 9708 4304-Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência: Patrícia de Oliveira, tel. (21) 98099199

quinta-feira, 4 de março de 2010

ato dia 8 de marco

Mulheres do Rio de Janeiro no dia 8 de marco vamos esta fazendo a nossa caminhada da Candelária ate a Cinelândia concentração as 16 00 horas na candelária contamos com todos as mulheres que luta e este ano são 100 anos do dia 8 de marco dia internacional de mulher Autonomia Igualdade e Liberdade.
COMUNICAO ORGANIZADO DA CAMINHADA