ATO NO CRISTO REDENTOR DIA 21/03/10 - Familiares de Joseph Martin e de outras vítimas da violência policial no Rio de Janeiro reúnem-se em protesto e solidariedade
DATA DO ATO: 21/03/10, DOMINGO, 10h30
Os familiares de Joseph Martin, morto por um policial civil em 2007 quando saía de um bar na Lapa, no RJ, farão um ato com familiares de outros jovens mortos pela polícia no Rio do janeiro para lembrar que a violência policial é um fato que vem acontecendo com muita freqüência. No ano de 2007, especialmente, várias pessoas foram assassinadas pela policia do Rio. Irão participar vários familiares de outros casos em solidariedade a esta mãe que perdeu o seu filho.
O Julgamento de João Vicente Sá Freire de Oliveira, inspetor da polícia civil acusado de assassinar a tiros o norte-americano Joseph Martin em maio de 2007, no bairro da Lapa, está marcado para terça-feira, dia 23 de março, ao meio-dia, no III Tribunal do Júri. O caso ganhou repercussão internacional e mobilizou o Consulado e parlamentares norte-americanos.
João Vicente alega ter agido em legítima defesa, mas familiares da vítima questionam a investigação feita pela polícia e afirmam que testemunhas chaves não foram ouvidas. “Duas pessoas disseram categoricamente em juízo que Joseph não atacou o policial e tampouco tentou tirar a sua arma. No entanto, outras quatro pessoas que também afirmaram ter presenciado o fato não foram ouvidas pela polícia”, disse Frances Martin, a mãe da vítima, que está no Rio de Janeiro para assistir o julgamento.
Segundo testemunhas, Joseph saía de um bar no dia do seu aniversário de 30 anos quando tentou intermediar um conflito entre um homem que estava à paisana e uma criança que teria acabado de praticar um furto. Durante a negociação, o menino teria escapado, irritando o policial, que sacou a arma e disparou contra o abdômen de Joseph.
Familiares se encontraram com mães de vítimas brasileiras
Junto com a irmã Elizabeth Martin – tia de Joseph, a mãe do rapaz se reuniu com autoridades norte-americanas e entrou em contato com ativistas de direitos humanos do Brasil e dos Estados Unidos. O falecido senador Edward M. Kennedy e o senador John Kerry foram algumas das autoridades que se manifestaram sobre o caso. O Consulado norte-americano também atuou pressionando a polícia para que a investigação fosse feita de maneira imparcial.
A mãe e a tia do rapaz fazem questão de deixar claro que não querem que o assassinato de Joseph receba um tratamento diferenciado por ele ser norte-americano. “O que queremos é uma investigação eficiente e independente, e um julgamento justo, para que a morte de meu filho sirva como exemplo e dessa forma, quem sabe, outras mães deixem de passar pelo mesmo sofrimento que estou passando”, disse Frances.“Nosso pai, avô de Joseph, foi policial por 30 anos. Sabemos que há muitos casos de violência policial no Brasil e achamos que é fundamental que os casos que envolvem agentes públicos sejam investigados de maneira independente. É triste saber que muitas pessoas sofreram o mesmo que nós e não puderam ter Justiça”.
Contatos: – Gizele Martins (21) 9708 4304-Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência: Patrícia de Oliveira, tel. (21) 98099199
sexta-feira, 19 de março de 2010
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