sexta-feira, 19 de março de 2010

FORUM SOCIAL URBANO

Fórum Social Urbano - Nos bairros e no mundo, em luta pelo direito à cidade, pela democracia e justiça urbanas
Rio de Janeiro, Brasil – 22 a 26 março de 2010
APRESENTAÇÃO
Em março de 2010, a cidade do Rio de Janeiro irá receber o V Fórum Urbano Mundial. Organizado a cada dois anos pela Agência Habitat da Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é que este ano o encontro reúna cerca de 50 mil pessoas de todo o mundo.
As edições anteriores do FUM foram dominadas pelas delegações oficiais, enquadradas pela retórica e agenda das organizações multilaterais – Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Aliança de Cidades, entre outras. Palavras, palavras, palavras… mas também um reiterado esforço de impor às cidades de todo mundo, em particular dos países periféricos, o modelo da cidade-empresa competitiva, dos grandes projetos de impacto, que aprofundam as desigualdades e os processos de aburguesamento. A retórica do alívio da pobreza não consegue esconder os fracassos de uma política que submete nossas cidades à lógica do mercado, tanto mais que se desconhecem, ou se silenciam, os mecanismos e processos que produzem e reproduzem cidades desiguais, social e ambientalmente injustas.
Em suas várias edições o FUM também tem sido incapaz de abrir espaço àqueles e àquelas que, em todas as cidades do mundo, resistem à lógica implacável da cidade-empresa e da cidade-mercadoria, que lutam por construir alternativas aos modelos adotados em vários governos, e difundidos pela “ajuda” internacional nem sempre desinteressada e por consultores, assim como por conferências e congressos mundiais onde a miséria urbana de milhões se transforma em frias estatísticas e promessas nunca cumpridas.
Por estas razões, os movimentos sociais e organizações do Rio de Janeiro vimos convidar todos os movimentos sociais e organizações da sociedade civil do mundo a construírem conosco um espaço de ampla e livre manifestação e debate no Fórum Social Urbano. Será um espaço e um tempo para nos conhecermos e reconhecermos, para trocarmos experiências e construirmos coletivamente a perspectiva de uma outra cidade: democrática, igualitária, comprometida com a justiça social e ambiental.
OBJETIVOS
O objetivo do Fórum Social Urbano é o de possibilitar o diálogo, a troca de experiências, a expressão da diversidade e o fortalecimento das articulações de movimentos sociais e organizações do mundo inteiro.O Fórum Social Urbano se coloca também como uma oportunidade única para desvendar a verdadeira cidade que procuram esconder atrás dos muros e tapumes, assim como atrás dos discursos sobre cidades globais com os quais muitos governos justificam investimentos bilionários em grandes eventos de marketing urbano. Neste sentido, os movimentos e organizações anfitriãs pretendem oferecer aos participantes internacionais e nacionais a possibilidade de conhecer um Rio de Janeiro que não está nos cartões postais nem na propaganda oficial, um Rio de Janeiro injusto e feio, mas que é também rico de resistência e criatividade popular.
ATIVIDADES
De 23 a 26 de março de 2010, em paralelo às atividades do Fórum Urbano Mundial estarão se realizando as atividades do Fórum Social Urbano.
As atividades se organizarão como segue:
- painéis e debates em torno a 4 Eixos: Violências Urbanas e Criminalização da Pobreza; Megaeventos e a Globalização das Cidades; Justiça Ambiental na Cidade; Grandes Projetos Urbanos, Áreas Áreas Centrais e Portuárias;
- mesas e debates propostos por movimentos e organizações do Brasil e de outros países;
- exposições e projeções de vídeos;
- manifestações culturais;
- outras que forem propostas.
OS EIXOS
-Criminalização da Pobreza e Violências Urbanas
Militarização das periferias e bairros populares. Criminalização da pobreza e dos imigrantes. Violências urbanas, em suas múltiplas manifestações. Racismo, machismo e homofobia na cidade. A violência contra as mulheres. Repressão e criminalização dos militantes populares e dos direitos humanos.
- Megaeventos e a Globalização das Cidades
Copa do Mundo, Olimpíadas, exposições internacionais. Impactos de megaeventos internacionais nas cidades, a partir das experiências internacionais e do Rio de Janeiro. Quais são os “legados” e quem são seus beneficiários?
- Justiça Ambiental na Cidade
Meio ambiente, desigualdade e organização do espaço urbano. Saneamento, saúde e meio ambiente. Racismo ambiental. Conflitos ambientais e as lutas de resistência. Mudanças climáticas e as cidades.- Grandes Projetos Urbanos, Áreas Centrais e Portuárias
“Revitalização” dos centros urbanos e áreas portuárias. Mobilidade. Processos de aburguesamento. Expulsão das populações tradicionais através da violência e através do “mercado”. Grande capital, parcerias público-privadas e a especulação fundiária. Globalização e capitalismo nas cidades.
OUTRAS ATIVIDADES
Para além dos eixos propostos, convidamos as organizações e movimentos do Rio de Janeiro, do Brasil e do Mundo a contribuírem com propostas de atividades auto-gestionadas. Estas poderão ter caráter de debates, plenárias, fóruns de articulação, exposições, projeções, banquinhas ou atividades culturais. A data limite para o envio de propostas é 7 de março de 2010.
A incrição de atividades deve ser feita através do preenchimento do formulário FÓRUM SOCIAL URBANO – PROPOSTA DE ATIVIDADE.
A Comissão de Programação buscará contemplar todas as propostas recebidas, dentro dos limites de espaço e tempo disponíveis.
Também serão organizadas visitas e tours guiados para permitir o contato direto com realidades urbanas pouco conhecidas, como manifestações culturais da cidade e experiências de luta – movimentos comunitários, ocupações, etc.
O LOCAL
As atividades do “Fórum Social Urbano” ocorrerão no espaço do Centro Cultural da Ação da Cidadania Contra a Fome, à rua Avenida Barão de Tefé 75, no bairro da Saúde. Trata-se de armazém portuário edificado em 1871, restaurado em 2002, que hoje acolhe eventos políticos, artísticos e culturais. O espaço tem 14.000 m2, oferecendo amplas condições para a realização de várias atividades simultâneas, colocação de banquinhas, etc.
O local do Fórum Social Urbano encontra-se a 300 metros do local onde transcorrerá o FUM, facilitando a circulação de todos os participantes entre os dois eventos.
As visitas guiadas partirão sempre do mesmo local, conforme será oportunamente divulgado.

ato no cristo

ATO NO CRISTO REDENTOR DIA 21/03/10 - Familiares de Joseph Martin e de outras vítimas da violência policial no Rio de Janeiro reúnem-se em protesto e solidariedade
DATA DO ATO: 21/03/10, DOMINGO, 10h30
Os familiares de Joseph Martin, morto por um policial civil em 2007 quando saía de um bar na Lapa, no RJ, farão um ato com familiares de outros jovens mortos pela polícia no Rio do janeiro para lembrar que a violência policial é um fato que vem acontecendo com muita freqüência. No ano de 2007, especialmente, várias pessoas foram assassinadas pela policia do Rio. Irão participar vários familiares de outros casos em solidariedade a esta mãe que perdeu o seu filho.
O Julgamento de João Vicente Sá Freire de Oliveira, inspetor da polícia civil acusado de assassinar a tiros o norte-americano Joseph Martin em maio de 2007, no bairro da Lapa, está marcado para terça-feira, dia 23 de março, ao meio-dia, no III Tribunal do Júri. O caso ganhou repercussão internacional e mobilizou o Consulado e parlamentares norte-americanos.
João Vicente alega ter agido em legítima defesa, mas familiares da vítima questionam a investigação feita pela polícia e afirmam que testemunhas chaves não foram ouvidas. “Duas pessoas disseram categoricamente em juízo que Joseph não atacou o policial e tampouco tentou tirar a sua arma. No entanto, outras quatro pessoas que também afirmaram ter presenciado o fato não foram ouvidas pela polícia”, disse Frances Martin, a mãe da vítima, que está no Rio de Janeiro para assistir o julgamento.
Segundo testemunhas, Joseph saía de um bar no dia do seu aniversário de 30 anos quando tentou intermediar um conflito entre um homem que estava à paisana e uma criança que teria acabado de praticar um furto. Durante a negociação, o menino teria escapado, irritando o policial, que sacou a arma e disparou contra o abdômen de Joseph.
Familiares se encontraram com mães de vítimas brasileiras
Junto com a irmã Elizabeth Martin – tia de Joseph, a mãe do rapaz se reuniu com autoridades norte-americanas e entrou em contato com ativistas de direitos humanos do Brasil e dos Estados Unidos. O falecido senador Edward M. Kennedy e o senador John Kerry foram algumas das autoridades que se manifestaram sobre o caso. O Consulado norte-americano também atuou pressionando a polícia para que a investigação fosse feita de maneira imparcial.
A mãe e a tia do rapaz fazem questão de deixar claro que não querem que o assassinato de Joseph receba um tratamento diferenciado por ele ser norte-americano. “O que queremos é uma investigação eficiente e independente, e um julgamento justo, para que a morte de meu filho sirva como exemplo e dessa forma, quem sabe, outras mães deixem de passar pelo mesmo sofrimento que estou passando”, disse Frances.“Nosso pai, avô de Joseph, foi policial por 30 anos. Sabemos que há muitos casos de violência policial no Brasil e achamos que é fundamental que os casos que envolvem agentes públicos sejam investigados de maneira independente. É triste saber que muitas pessoas sofreram o mesmo que nós e não puderam ter Justiça”.
Contatos: – Gizele Martins (21) 9708 4304-Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência: Patrícia de Oliveira, tel. (21) 98099199

quinta-feira, 4 de março de 2010

ato dia 8 de marco

Mulheres do Rio de Janeiro no dia 8 de marco vamos esta fazendo a nossa caminhada da Candelária ate a Cinelândia concentração as 16 00 horas na candelária contamos com todos as mulheres que luta e este ano são 100 anos do dia 8 de marco dia internacional de mulher Autonomia Igualdade e Liberdade.
COMUNICAO ORGANIZADO DA CAMINHADA